A série Adolescência, da Netflix, reacendeu o debate sobre a saúde mental dos adolescentes e os impactos do tempo excessivo de tela. O conteúdo alerta para os riscos da radicalização online, principalmente entre meninos, e levou até governos a repensarem políticas públicas.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, assistiu à produção e afirmou que o Reino Unido busca soluções para combater a influência de discursos extremistas sobre jovens. A boa notícia é que esse movimento impulsiona ações de proteção e prevenção.
Como proteger a saúde mental dos adolescentes no mundo digital
Especialistas reforçam que não se trata de eliminar telas, mas de promover equilíbrio. Para Stephen Buchwald, terapeuta em Nova York, a chave está na comunicação e no exemplo. Ele recomenda que pais estabeleçam limites de tempo de tela e incentivem atividades fora do ambiente digital.
Discutir abertamente sobre os conteúdos consumidos também é essencial. Aplicativos de controle parental ajudam, mas devem ser aliados à educação sobre o uso consciente da tecnologia.
Além disso, programas escolares que abordam nutrição, sono e prática de exercícios são fundamentais. Os dados mostram que estilos de vida saudáveis reduzem riscos de ansiedade, depressão e outros transtornos.
Novas políticas e conscientização ajudam no combate aos excessos
Vários países, como Brasil, França e Austrália, já limitaram o uso de smartphones por adolescentes em escolas. A Austrália, por exemplo, proibiu redes sociais para menores de 16 anos.
A mobilização em torno da saúde mental dos adolescentes mostra que a sociedade está atenta. Mais do que restringir o acesso, o foco agora é fortalecer a autonomia dos jovens para lidarem com o mundo digital de forma crítica e segura.