Crianças com autismo agora têm acesso ao batismo inclusivo na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Planaltina. A iniciativa foi criada pelo padre Everton dos Santos Borges após o pedido de uma mãe que nunca havia conseguido batizar sua filha por conta das dificuldades no acolhimento religioso.
Ao realizar o primeiro batismo adaptado, o padre percebeu a necessidade de ampliar a inclusão religiosa. Desde então, passou a organizar turmas de catequese inclusiva, com foco em tornar a educação religiosa adaptada acessível a todas as crianças, respeitando o tempo e os limites de cada uma.
Batismo Inclusivo aproximam crianças autistas da fé cristã
Durante a cerimônia, o padre pergunta como cada criança prefere ser batizada: com muita, pouca água ou apenas gotas. Essa prática é parte do esforço por uma liturgia inclusiva. O objetivo é que cada criança com autismo se sinta segura e acolhida em uma igreja inclusiva.
Maria Josélia, mãe do Jorge, de 14 anos, conta que nunca tinha encontrado um espaço com esse nível de acolhimento de autistas na igreja. “Era um sonho ver meu filho participar. Nunca dava certo por causa da agitação dele”, afirma.
Padre descobre ser neurodivergente e fortalece missão
Ao conviver com as crianças, o padre buscou ajuda médica e foi diagnosticado com TEA e TDAH. O diagnóstico fortaleceu sua conexão com as famílias e o motivou a criar um ministério com autistas e uma pastoral da inclusão na paróquia.
Hoje, com mais de 20 catequizandos, a paróquia se destaca como uma comunidade religiosa inclusiva, promovendo acessibilidade em igrejas e ampliando a espiritualidade e autismo.