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Menino vence a leucemia e se inspira a ajudar outras crianças na luta contra a doença

Após vencer a leucemia, menino sonha em ser médico para ajudar outras crianças que enfrentam a mesma batalha

Após quase três anos enfrentando um tipo raro de leucemia, José Miguel Borges, o Miguelzinho, de 9 anos, comemora a vitória e planeja o futuro. Ele deseja ser médico para ajudar outras crianças que passam pelo mesmo desafio.

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Uma luta de quase três anos

Foram 2 anos e 8 meses de idas e vindas ao hospital, enfrentando enjoos, dores de cabeça e falta de apetite. Aos 7 anos, Miguelzinho recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda, um subtipo raro em crianças e com alto risco de sangramentos.

Segundo Daniela Leite, chefe do setor de pediatria do Hemorio, o comprometimento da família foi essencial no tratamento. “O Miguel sempre acreditou que esse desfecho seria positivo”, afirma.

Um novo ciclo e novos sonhos

Nesta quinta-feira, Miguelzinho voltou ao hospital apenas para se despedir. O ciclo da quimioterapia terminou, encerrando também a rotina de até 18 comprimidos por dia. Agora, ele quer matar a saudade da escola e da comida da mãe.

“Estou comendo muito! Gosto de macarrão, mas também adoro um peixinho com pirãozinho e arroz”, brinca o menino.

Apoio, internet e uma causa nobre

Apesar da alta, o acompanhamento médico continua, pois a cura definitiva só é confirmada após cinco anos sem a doença. Filho único de uma mãe solo, Miguelzinho nunca esteve sozinho. Rose Borges, sua mãe, enfrentou momentos difíceis, mas sempre esteve ao lado do filho.

Além do apoio familiar, o garoto encontrou força na internet. Criou uma página para falar sobre o diagnóstico precoce da leucemia e incentivar a doação de sangue e medula óssea. “Ser doador salva vidas, você vira um herói para essas pessoas”, diz Miguelzinho.

Comemoração digna de um herói

Para celebrar a alta, Miguelzinho recebeu uma visita surpresa de super-heróis. O momento simboliza o fim de uma batalha e o início de um novo sonho: tornar-se pediatra e hematologista.

“Quero ser médico porque eles cuidaram de mim. Agora, quero cuidar de outras crianças”, afirma o pequeno guerreiro.