Um novo exame de sangue oferece esperança para a detecção precoce de Alzheimer e demência. Ele identifica alterações cerebrais anos antes dos sintomas aparecerem, usando a proteína fator de crescimento placentário (PIGF) como biomarcador. A PIGF está ligada à formação de vasos sanguíneos e a processos inflamatórios que afetam o cérebro.
O que é PIGF e como ele impacta a saúde cerebral?
O fator de crescimento placentário (PIGF) é uma proteína que, além de desempenhar um papel importante na formação de vasos sanguíneos, também atua na regulação de processos inflamatórios. Portanto, quando presente em níveis elevados no sangue, o PIGF pode, por sua vez, causar alterações na substância branca do cérebro e, consequentemente, contribuir para o declínio cognitivo.
Essas alterações frequentemente passam despercebidas até que a doença já esteja avançada. Com o exame, é possível identificar esses sinais precocemente, oferecendo uma oportunidade única de agir antes que os danos se tornem irreversíveis.
Benefícios do diagnóstico precoce com o exame de sangue
A identificação precoce de alterações cognitivas permite aos pacientes e médicos adotarem estratégias preventivas, como mudanças no estilo de vida e acompanhamento mais próximo. Além disso, o exame pode reduzir custos ao evitar a progressão de doenças para estágios avançados, que exigem tratamentos mais complexos.
Estudos iniciais, conduzidos com pessoas acima de 55 anos, mostram que o teste pode detectar riscos de lesão cerebral antes que os sintomas apareçam, o que representa um grande avanço para a medicina preventiva.
Próximos passos para a implementação
Embora o exame de sangue ofereça perspectivas promissoras, os pesquisadores ainda buscam confirmar a relação direta entre os níveis de PIGF e o desenvolvimento de Alzheimer e demência. Estudos adicionais estão em andamento para acompanhar pacientes ao longo do tempo e refinar os protocolos de uso clínico.