Nos tornamos amigos melhores quando envelhecemos, pois as amizades evoluem e se tornam mais profundas e importantes com o passar do tempo. Esse fenômeno reflete mudanças naturais nas prioridades e perspectivas, levando-nos a valorizar laços mais próximos e autênticos, como aponta a teoria da seletividade socioemocional.
Nos tornamos amigos melhores quando envelhecemos
À medida que o futuro parece mais limitado, damos prioridade a relacionamentos que trazem maior satisfação emocional. Jovens geralmente ampliam suas redes sociais, buscando novas conexões, enquanto idosos reduzem seus círculos para cultivar amizades mais sólidas. Segundo a psicóloga Katherine Fiori, essa mudança aumenta a “densidade emocional” dos vínculos, criando redes sociais menores, porém mais coesas.
Além disso, o envelhecimento parece trazer uma visão mais positiva das relações. Estudos mostram que pessoas mais velhas tendem a valorizar experiências e memórias agradáveis, um fenômeno conhecido como o “efeito da positividade”.
Pesquisas brasileiras sobre amizades na terceira idade
No Brasil, pesquisas destacam que o fortalecimento de amizades melhora não apenas o bem-estar emocional, mas também a saúde física. Um levantamento da Fiocruz revelou que idosos com amizades sólidas apresentavam menores índices de ansiedade e depressão. A pesquisa também apontou que idosos que participam de grupos sociais têm uma maior sensação de pertencimento, reduzindo a solidão.
O valor das amizades
Embora cultivar laços próximos seja essencial, a manutenção de uma rede diversificada também traz benefícios. Relacionamentos familiares podem ter obrigações e tensões, enquanto amizades oferecem suporte voluntário, baseado em interesses comuns. Segundo estudos, idosos com ao menos quatro amigos próximos desfrutam de melhor saúde mental e cognitiva.