O Brasil alcançou um marco em 2023: a expectativa de vida ao nascer subiu para 76,4 anos, superando os níveis pré-pandemia. Esse aumento de 11,3 meses em comparação ao ano anterior reflete a melhora nas condições de saúde pública e nos índices de mortalidade. A informação é do relatório Tábua de Mortalidade 2023, divulgado pelo IBGE.
Expectativa de vida em recuperação após a pandemia
A pandemia de COVID-19, que reduziu a expectativa de vida em todo o mundo, trouxe desafios para o Brasil. Durante o auge da crise, em 2020 e 2021, a média de vida no país caiu para 72,8 anos, sendo 69,3 anos para os homens e 76,4 anos para as mulheres. O cenário começou a mudar em 2022, com a diminuição das mortes em excesso causadas pelo vírus.
De acordo com Izabel Marri, gerente do IBGE, os números refletem “uma recuperação progressiva na esperança de vida, impulsionada pela redução das mortes relacionadas à pandemia”.
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Diferenças entre gêneros
A expectativa de vida no Brasil varia entre homens e mulheres. Em 2023, as mulheres alcançaram uma média de 79,7 anos, enquanto os homens chegaram a 73,1 anos. Essa diferença é atribuída a fatores como homicídios, acidentes de trânsito e outras causas externas, que afetam os homens jovens.
Ainda assim, ambos os gêneros apresentaram crescimento no indicador, com os homens registrando um aumento ligeiramente superior ao das mulheres.
Redução da mortalidade infantil e ganhos em longevidade
Outro dado positivo foi a queda na taxa de mortalidade infantil, que atingiu 12,5 óbitos por mil nascimentos em 2023, representando uma redução de 91,5% desde 1940. Para crianças menores de cinco anos, a mortalidade caiu de 112,1 óbitos por mil em 1940 para 14,7 em 2023.
Entre os idosos, o avanço também impressiona. Pessoas de 60 anos têm hoje uma expectativa adicional de 22,5 anos, quase o dobro do que em 1940. Já aqueles que chegam aos 80 anos podem viver, em média, mais 8,9 anos, consolidando um cenário de maior longevidade no país.