Evaldo José, de 55 anos, consolidou uma trajetória única que combina educação, jornalismo e trabalho humanitário. Conhecido pelo bordão “Que lindo!” durante suas narrações esportivas na CBN, onde atuou por mais de uma década, Evaldo não se limitou ao universo esportivo. Com formação em filosofia, teologia e gestão empresarial, ele hoje se dedica à causa da educação em um dos cenários mais desafiadores do mundo: o campo de refugiados Dzaleka, no Malaui.
Em julho de 2024, Evaldo assumiu a direção da Escola Nação Ubuntu, que atende 900 crianças refugiadas. A escola, situada em um campo que abriga mais de 55 mil pessoas de diferentes nacionalidades, enfrenta desafios, desde infraestrutura precária até a falta de recursos básicos.
Evaldo José e o impacto humanitário no Malaui
O envolvimento de Evaldo com a causa começou em 2019, após ser convidado por uma ex-aluna da organização Fraternidade sem Fronteiras. Emocionado com a realidade dos refugiados, Evaldo passou seis meses no Malaui em 2020, período em que testemunhou a resiliência dos moradores e se conectou profundamente com a missão de transformar vidas por meio da educação.
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Hoje, Evaldo busca implementar um currículo internacional que amplie as oportunidades para os estudantes, permitindo que eles sonhem com universidades fora da África. “A educação é a ferramenta que pode mudar o futuro dessas crianças”, afirma Evaldo.
Além disso, a escola oferece refeições diárias, algo raro na região, e representa um espaço seguro, fundamental em um campo onde a violência sexual e o tráfico humano são ameaças constantes.
Desafios e conquistas no campo de refugiados
Com 60 professores e um custo mensal de cerca de 300 reais por aluno, a Escola Nação Ubuntu depende de doações para sustentar seu trabalho. A meta de Evaldo é aumentar o tempo de permanência das crianças na escola e expandir as séries oferecidas.
Apesar das dificuldades, Evaldo mantém uma visão otimista. “Queremos mostrar que essas crianças podem sonhar com um futuro melhor, seja no Malaui ou fora dele. Nossa missão é gerar impacto.”