No dia 20 de novembro, data em que se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, a Torre de TV de Brasília foi palco do Desfile Beleza Negra, um evento que une moda, cultura e representatividade. Nesta edição, o tema “Afrofuturismo” trouxe um olhar inovador para as passarelas, projetando um futuro no qual a estética negra ocupa posição central, rompendo com narrativas tradicionais.
O impacto do Desfile Beleza Negra
Idealizado por Dai Schmidt, produtora de moda, o desfile ultrapassa o universo fashion ao se consolidar como um espaço de conscientização e valorização da identidade negra. Desde sua primeira edição, em 2012, o evento cresceu em relevância, firmando-se como referência em diversidade e inclusão nas passarelas. “O desfile resgata nossas raízes, promove autoestima e abre caminho para um futuro mais igualitário”, destacou.
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Este ano, 58 modelos desfilaram coleções de marcas consagradas, como Dona Olga e Estilo África. As peças não apenas encantaram o público, mas também representaram uma celebração da ancestralidade e da resistência.
Afrofuturismo: estética e inovação
O tema “Afrofuturismo” foi uma escolha estratégica para o evento, unindo passado e futuro em uma visão transformadora. Para Jorge Guerreiro, sócio-diretor do projeto, o tema inspira reflexões sobre o papel das pessoas negras na construção de novos caminhos. “É sobre imaginar um futuro no qual as pessoas pretas sejam protagonistas, ocupando todos os espaços de maneira plena”, afirmou.
Histórias marcantes
Entre os presentes, histórias emocionantes destacaram o impacto do evento. Drauzio dos Santos, funcionário público e participante surpresa no desfile, descreveu a experiência como transformadora. “Foi um momento único, algo que fortalece nossa autoestima e nos dá orgulho de quem somos”, declarou.
Outro destaque foi o modelo haitiano Roberson Michel, que vê no evento uma plataforma essencial para celebrar a igualdade racial. “É um espaço de respeito e reconhecimento da nossa história e importância”, ressaltou.