O Edifício Rolim, localizado na Praça da Sé, em São Paulo, é mais do que um marco arquitetônico: agora é palco de uma experiência imersiva de terror. Construído em 1928, o prédio combina história e ficção para oferecer um escape room assustador, atraindo os chamados “caçadores de medo”.
Com ingressos vendidos a R$ 99 e uma fila de espera desde a inauguração em outubro, a atração utiliza sete dos treze andares do edifício para mergulhar os participantes em uma narrativa que mistura relatos históricos com eventos fictícios. A experiência inclui sustos, perseguições e cenários cuidadosamente montados, garantindo que o Rolim permaneça na memória de quem o visita.
A história do Edifício Rolim
Projetado pelo arquiteto Hipólito Gustavo Pujol Junior, o Rolim nasceu no terreno onde antes ficava a igreja São Pedro da Pedra. Inaugurado como o edifício mais alto de São Paulo, sua arquitetura é marcada pelo modernismo catalão, destacando-se pela cúpula revestida de bronze. Durante décadas, foi um prédio residencial e comercial, até cair em abandono por 30 anos.
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Hoje, além de ser tombado pela Prefeitura de São Paulo por sua importância histórica, o Rolim carrega um passado sombrio. Assassinatos e suicídios registrados no edifício foram o ponto de partida para a criação da atual narrativa de terror.
Experiência imersiva
A experiência inicia na recepção, onde os organizadores apresentam a história do Rolim aos visitantes e entregam o termo de responsabilidade para assinatura. Guiados por atores, os participantes percorrem os andares escuros e abafados do prédio. Atores caracterizados como zumbis e outros personagens intensificam a atmosfera de tensão.
Os atores não podem tocar os visitantes, que podem desistir a qualquer momento ao usar uma palavra-chave. No entanto, aqueles que completam o desafio têm como recompensa um bar no último andar.
Impactos e opiniões sobre a transformação do edifício
Embora a iniciativa de transformar o Rolim em uma “casa do terror” tenha atraído público, especialistas avaliam os impactos dessa transformação. Para a historiadora Marianna Al Assal, a revitalização é positiva ao atrair vida noturna à região, mas o uso do prédio como atração de terror pode reforçar estigmas.
Segundo o empresário Facundo Guerra, responsável pela ideia, o projeto usa o abandono e a decadência do Rolim como inspiração para contar histórias que unem fato e ficção, criando uma experiência única para os visitantes.