A corrida, uma das atividades físicas mais antigas e populares, é sustentada por uma equação simples: velocidade = comprimento do passo × frequência do passo. Embora pareça básica, a ciência por trás da corrida envolve um complexo equilíbrio entre biomecânica, genética e técnica, como explicam especialistas.
Fatores que influenciam a velocidade
A escolha entre passos mais longos ou mais frequentes depende das características individuais de cada atleta. Estudos indicam que corredores com pernas mais longas, como o velocista Usain Bolt, se destacam pelo comprimento das passadas, enquanto outros dependem mais da frequência. Entre as mulheres, a frequência tende a ter maior influência na velocidade, enquanto para os homens, o comprimento do passo é mais determinante.
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Além disso, fatores genéticos, como a excitabilidade dos neurônios motores, impactam diretamente a capacidade de aumentar a frequência das passadas. Pessoas que caminham rapidamente tendem, naturalmente, a correr mais rápido, mas o aprimoramento técnico é essencial para alcançar o desempenho máximo.
A importância da técnica
Técnicas eficientes, como reduzir o tempo de contato com o solo e inclinar o tronco durante a aceleração, são cruciais. Corredores olímpicos, por exemplo, utilizam movimentos que minimizam o impacto de frenagem ao tocar o solo, impulsionando o corpo com mais eficiência. Treinamentos específicos, como exercícios de “joelho alto” e ajustes na postura, ajudam a melhorar a coordenação e a força explosiva.
Outro aspecto fundamental é a força de reação do solo, que aumenta o comprimento da passada e contribui para a velocidade. Estudos mostram que corredores de elite possuem músculos mais desenvolvidos nos quadris e flexores, essenciais para gerar força e estabilidade.
Genética ou prática: o que pesa mais?
Embora a genética influencie fatores como a frequência dos passos, a prática e o treinamento técnico são determinantes para aprimorar a performance. Velocistas jovens, por exemplo, apresentam diferenças técnicas em relação a corredores experientes, como a posição do pé ao tocar o solo. Com o tempo, os atletas podem corrigir essas lacunas com exercícios e repetições constantes.
A corrida é, portanto, uma combinação de ciência, dedicação e ajustes individuais. Seja para competidores olímpicos ou amadores, o segredo está em encontrar o equilíbrio ideal entre comprimento e frequência dos passos, aliado a uma técnica refinada e anos de prática.