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Tratamento do Alzheimer pode avançar com novo composto

Pesquisadores descobrem composto natural que pode ajudar no tratamento do Alzheimer, retardando o avanço da doença. Estudos ainda estão em fase inicial.
Idosa branca segurando muleta.

Pesquisadores da Universidade de Sevilha, na Espanha, e da Universidade de Kent, no Reino Unido, fizeram uma descoberta promissora no tratamento do Alzheimer. O carotenoide fitoeno, um composto encontrado em plantas e animais, demonstrou potencial para retardar o avanço da doença e aumentar a longevidade em estudos iniciais. O Alzheimer é uma condição neurodegenerativa associada à formação de placas amiloides, que causam a paralisia progressiva do cérebro. Esse novo tratamento do Alzheimer, ainda em fase laboratorial, pode ser um marco na luta contra a doença.

O papel do fitoeno no Alzheimer

Os pesquisadores utilizaram o nematoide Caenorhabditis elegans como modelo na pesquisa biomédica. A equipe de pesquisadores observou que o fitoeno, extraído de microalgas, aumentou a longevidade dos nematoides entre 10% e 18,6% e reduziu o impacto tóxico das placas amiloides em até 40%. Esses resultados preliminares indicam que o composto pode retardar os efeitos degenerativos da doença, oferecendo uma nova perspectiva no tratamento do Alzheimer.

A pesquisadora Paula Mapelli Brahm, da Universidade de Sevilha, destaca que o fitoeno mostrou resultados animadores em retardar a paralisia associada à formação de placas amiloides. Ela ressalta que, apesar de os estudos estarem em fase inicial, a equipe já busca financiamento para aprofundar as pesquisas e entender os mecanismos exatos por trás desses efeitos.

Alimentos ricos em fitoeno

O fitoeno, presente em alimentos como tomate, cenoura, pimentão vermelho e laranja, também pode ser encontrado em tecidos do corpo humano, incluindo a pele. Além de suas possíveis aplicações no tratamento do Alzheimer, o composto também é estudado por suas propriedades protetoras contra os danos causados pela radiação ultravioleta. A equipe de pesquisa liderada pelo professor Antonio Jesús Meléndez Martínez estuda há 15 anos os carotenoides e suas aplicações na nutrição e na prevenção de doenças.

Essa descoberta abre novas oportunidades para o tratamento do Alzheimer, destacando o poder de compostos naturais em retardar doenças neurodegenerativas.

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