O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (7). A produção tem gerado grande expectativa, sendo considerada a maior chance do Brasil conquistar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional desde “Central do Brasil”, em 1999. Baseado no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva, o longa aborda temas profundos como a ditadura militar e os desafios da democracia no país.
Reflexão sobre Ditadura e Democracia
Em entrevistas recentes, a atriz Fernanda Torres, uma das protagonistas, destacou a importância de refletir sobre o passado. “As gerações mais jovens não sabem o que foi viver sob a ditadura. A democracia tem falhas, mas é o melhor sistema que temos”, afirmou Torres. A obra traz à tona memórias dolorosas de tortura e repressão, vividas pela família de Rubens Paiva, morto pela ditadura militar.
O enredo, premiado no Festival de Veneza, narra a trajetória de Eunice Paiva, interpretada por Torres, uma dona de casa que, após o assassinato do marido, se transforma em uma das maiores ativistas de direitos humanos no Brasil. O roteiro, assinado por Murilo Hauser e Heitor Lorega, é uma adaptação sensível e poderosa que convida o público a refletir sobre a importância da liberdade e da justiça.
Aposta para o Oscar e recepção internacional
A atuação de Fernanda Torres tem sido elogiada pela crítica internacional, destacando o filme entre as possíveis surpresas para o Oscar. “Ainda estou aqui” é um dos favoritos a disputar o prêmio de Melhor Filme Internacional, e há até a possibilidade de competir em outras categorias, como roteiro e direção.
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Para a atriz, no entanto, o reconhecimento vai além da premiação: “Eu só não quero que as pessoas achem que, se o prêmio não vier, o filme perdeu. O fato de o cinema brasileiro estar sendo celebrado já é uma grande vitória”, afirma Torres.
O valor do cinema nacional
Selton Mello, que atua ao lado de Torres, também celebra o momento do cinema nacional. “Estamos vivendo uma safra maravilhosa de produções brasileiras. Filmes como ‘Ainda estou aqui’ trazem orgulho para nossa indústria”, diz o ator, que também estrelou o “Auto da Compadecida 2“, com estreia prevista para o final deste ano.