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NASA revela redução do buraco da camada de ozônio em 2024

Cientistas observam a menor extensão do buraco da camada de ozônio em décadas, evidenciando a recuperação após o Protocolo de Montreal.
Imagem do buraco na camada de ozônio.

Em 2024, o buraco da camada de ozônio sobre a Antártica atingiu sua sétima menor extensão em mais de três décadas, segundo dados da NASA e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). O buraco alcançou em média 20 milhões de quilômetros quadrados, cerca de três vezes o tamanho dos Estados Unidos.

A camada de ozônio é essencial para a proteção, já que bloqueia a radiação UV que causa problemas de saúde como câncer de pele. A destruição dessa camada, que começou a ser monitorada via satélite em 1979, atingiu níveis alarmantes no início dos anos 2000, período em que o buraco anual era muito maior.

A importância do Protocolo de Montreal

O principal fator por trás da recuperação da camada de ozônio foi o Protocolo de Montreal, assinado em 1987. Esse tratado internacional eliminou gradualmente a produção e o uso de substâncias destruidoras do ozônio, como os clorofluorocarbonetos (CFCs), usados em refrigeradores, ar-condicionado e aerossóis. Com o Protocolo, a produção desses gases foi praticamente banida, levando à redução dos danos causados à camada de ozônio.

Paul Newman, líder da equipe de pesquisa de ozônio da NASA, destacou a importância desse acordo: “O buraco antártico de 2024 é menor do que os observados no início dos anos 2000. A melhoria gradual que vimos nas últimas duas décadas mostra que os esforços internacionais para reduzir os produtos químicos destruidores de ozônio estão funcionando.”

O monitoramento contínuo

Cientistas da NASA e da NOAA utilizam uma combinação de satélites, como o Aura, NOAA-20 e Suomi NPP, além de balões meteorológicos, para monitorar o buraco da camada de ozônio. Em 2024, a menor concentração de ozônio foi registrada no dia 5 de outubro, atingindo 109 unidades Dobson, um valor ainda distante dos 225 observados em 1979, antes da poluição generalizada por CFCs.

O químico Bryan Johnson, da NOAA, afirma que, apesar da melhoria, a recuperação total da camada de ozônio ainda levará tempo, sendo projetada para 2066. O monitoramento contínuo e o cumprimento dos tratados internacionais são fundamentais para garantir essa recuperação.

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