Há décadas, o chocolate é apontado como o vilão que causa acne. Mas será que essa associação faz sentido? Estudos ao longo dos anos indicam que a resposta pode ser mais complexa do que apenas culpar o doce.
O que a ciência diz sobre a relação entre chocolate e acne
Estudos da década de 1960 falharam em encontrar uma relação sólida entre o consumo de chocolate e a acne. No entanto, esses estudos foram criticados por suas limitações. Hoje, novas pesquisas indicam que o principal responsável pela acne é a genética, não o chocolate em si.
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Segundo a dermatologista Beibei Du-Harpur, do Kings College London, a acne grave e persistente é causada principalmente pela predisposição genética, que define o tamanho das glândulas sebáceas da pele. Essas glândulas produzem óleo que, quando misturado a células mortas da pele, bloqueia os poros, resultando em espinhas e cravos.
O papel da dieta na acne
Embora ele não seja o único responsável pela acne, os pesquisadores estão investigando como a dieta pode contribuir para a inflamação da pele. Alimentos com alto índice glicêmico (IG), como pães e massas, aumentam os níveis de insulina, o que pode causar picos inflamatórios e obstruir os poros. Porém, o chocolate, especialmente o amargo, tem um IG relativamente baixo, o que diminui sua influência negativa na pele.
Estudos populacionais mostram uma associação entre a acne e a dieta ocidental, rica em açúcar e gordura. No entanto, especialistas afirmam que mais pesquisas são necessárias para compreender melhor essa conexão.
Chocolate amargo: vilão ou aliado?
Curiosamente, o chocolate amargo pode até ter benefícios para a pele. Rico em flavonoides, ele pode ajudar a reduzir o estresse oxidativo, diminuindo inflamações relacionadas ao envelhecimento cutâneo. No entanto, esse efeito não está diretamente ligado à acne.
Assim, o consumo moderado de chocolate amargo, aliado a uma dieta balanceada, pode não ser o vilão que muitos imaginam.