A masculinidade tóxica, que reprime as emoções e promove comportamentos dominantes, influencia diretamente a socialização dos meninos. Criar filhos em um mundo ainda preso a esses padrões é um desafio, especialmente para mães que buscam oferecer um ambiente mais saudável e empático.
Foi esse cenário que levou a escritora e jornalista Ruth Whippman a uma reflexão sobre como criar seus três filhos longe da masculinidade tóxica. Em seu livro BoyMom: Raising Boys in the Age of Toxic Masculinity (Mãe de menino: criando meninos na era da masculinidade tóxica), Whippman compartilha suas experiências e pesquisas sobre o tema, mostrando como esses padrões afetam tanto meninos quanto meninas.
A importância de modelos alternativos
Whippman destaca que os modelos de comportamento reforçam a agressividade e a competitividade nas crianças. A mídia, os filmes e até os livros infantis apresentam constantemente personagens masculinos em batalhas, enquanto as figuras femininas assumem o papel de cuidadoras.
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Ela defende que a criação de meninos deve incluir o incentivo à sensibilidade emocional, à empatia e ao respeito, valores muitas vezes relegados apenas às meninas. “Os meninos precisam de mais cuidados do que as meninas”, afirma Whippman.
Rompendo o ciclo da masculinidade tóxica
A masculinidade tóxica não afeta apenas as relações pessoais, mas também tem consequências na saúde emocional e mental dos meninos. Whippman afirma que os meninos têm uma necessidade emocional complexa e devem ser incentivados a expressar seus sentimentos, contrariando as crenças populares.
Ela conclui que, para romper o ciclo da masculinidade tóxica, é fundamental que as mães, e também os pais, se concentrem em desenvolver uma relação emocional sólida com seus filhos, abordando as questões sociais e emocionais com responsabilidade.