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Câncer: brasileiro lidera pesquisa contra células tumorais

Brasileiro lidera pesquisa inovadora que acelera a multiplicação das células cancerígenas, prometendo novos tratamentos contra o câncer.
Médica ao lado de paciente com câncer.

Um biomédico brasileiro está liderando uma pesquisa que promete revolucionar o tratamento do câncer. O estudo, que está sendo conduzido no Instituto Holandês do Câncer, na cidade de Amsterdã, desafia a abordagem tradicional de combate à doença. Em vez de tentar destruir as células cancerígenas através de quimioterapias convencionais, o novo método acelera tanto a multiplicação das células que elas acabam entrando em colapso, ficando estressadas e, eventualmente, morrendo.

Como funciona a nova abordagem contra o câncer?

O câncer ocorre quando células crescem de forma descontrolada, formando tumores que comprometem o funcionamento do corpo. Tratamentos como quimioterapia e radioterapia têm como objetivo destruir essas células em rápida multiplicação. No entanto, essas terapias também afetam células saudáveis, o que pode causar efeitos colaterais.

Jorge Sabbaga, médico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, explica que a quimioterapia convencional não distingue entre células saudáveis e cancerígenas, eliminando ambas. As células saudáveis se recuperam enquanto o tratamento destrói as células tumorais. No entanto, em casos de cânceres mais agressivos ou quando a doença já se espalhou, essa abordagem pode não ser suficiente.

Para esses cenários desafiadores, Matheus dos Santos Dias, um biomédico brasileiro, está trabalhando em uma solução. Dias, que concluiu seu doutorado na USP e pós-doutorado no Instituto Butantan, agora pesquisa no Instituto Holandês do Câncer. Sua equipe desenvolveu uma técnica que acelera a multiplicação das células cancerígenas em vez de retardá-las.

A combinação de drogas revolucionária

Matheus Henrique Dias explica essa técnica com uma analogia: imagine que as células cancerígenas são carros andando em alta velocidade. Em vez de tentar freá-los, os pesquisadores fornecem combustível adicional, fazendo-os correr ainda mais rápido. Simultaneamente, uma segunda droga desativa o sistema de refrigeração desses “carros”. O resultado é um superaquecimento que as células não conseguem resistir, o que as leva à morte.

Imagens de microscópio já demonstram os efeitos dessa abordagem. Enquanto as células cancerígenas normais continuam a se multiplicar, as que recebem a combinação de medicamentos acabam ficando sobrecarregadas e não conseguem mais se dividir.

Próximos passos e esperanças futuras

Os primeiros testes em humanos estão programados para o início do próximo ano na Holanda. Embora o caminho até uma aplicação clínica seja longo, Matheus está otimista. Ele acredita que essa abordagem será testada em hospitais dentro de três a cinco anos. Os testes começarão com pacientes com câncer de intestino, e a expectativa é adaptar a técnica para tratar diferentes tipos de tumores.

“A abordagem que estamos propondo pode ser aplicada a vários tipos de cânceres com diferentes combinações de drogas. Estou muito animado, e vejo outras indústrias farmacêuticas e grupos de pesquisa começando a pensar no câncer dessa nova perspectiva”, afirma Dias.

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