Uma nova pesquisa sugere que praticar exercícios físicos uma ou duas vezes por semana pode reduzir o risco de declínio cognitivo no futuro. O estudo, publicado recentemente, aponta que mesmo atividades físicas esporádicas ajudam a preservar a saúde mental e retardar problemas de memória e pensamento, comuns com o avanço da idade.
Como a atividade física fortalece o cérebro
Praticar exercícios estimula a produção de moléculas que apoiam o crescimento de neurônios e a plasticidade cerebral, além de estar ligado a uma melhor função executiva e memória. A pesquisa destaca que manter o corpo ativo, ainda que em menor frequência, pode contribuir para a preservação da saúde mental, trazendo benefícios que se acumulam ao longo dos anos.
Detalhes da pesquisa e grupos de estudo
O estudo contou com a participação de 10 mil pessoas, com idade média de 51 anos. Na primeira fase, os pesquisadores questionaram os participantes sobre seus hábitos de exercício. Com base nas respostas, dividiram-nos em quatro grupos: sedentários, aqueles que se exercitavam apenas uma ou duas vezes na semana (atletas de final de semana), os regularmente ativos e um grupo misto entre os dois últimos perfis.
Na segunda fase, os pesquisadores mediram a saúde cognitiva dos participantes com questionários específicos. Eles classificaram como comprometimento cognitivo leve aqueles que pontuaram abaixo de uma determinada nota, estágio em que surgem as primeiras dificuldades de memória e pensamento.
Resultados promissores para a prevenção do declínio cognitivo
Após 16 anos de acompanhamento, os resultados mostraram que a prática de exercícios semanais estava associada a um risco menor de comprometimento cognitivo leve. O grupo dos atletas de final de semana teve uma redução de 15% no risco, enquanto entre os regularmente ativos essa redução foi de 10%. Estima-se que cerca de 13% dos casos de declínio cognitivo poderiam ser evitados se mais adultos praticassem exercícios ao menos uma vez na semana.
Apesar dos resultados animadores, o estudo é observacional e se baseia em dados relatados pelos próprios participantes, o que pode limitar a precisão dos achados.