O Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), uma das áreas protegidas da Itaipu Binacional, celebra 40 anos de preservação da fauna e flora em 2024. O espaço, criado em 1984, mostra a preocupação da usina hidrelétrica com o meio ambiente, protegendo ecossistemas afetados pela construção da barragem e promovendo a pesquisa ambiental.
Refúgio biológico como símbolo de preservação
Inaugurado em 27 de junho de 1984, o Refúgio Biológico Bela Vista surgiu como uma iniciativa em proteção ambiental no Brasil e no Paraguai. Ocupando 1.908 hectares, o local abriga espécies da fauna e flora regional que perderam seus habitats naturais devido à criação do reservatório de Itaipu. Desde o início, o refúgio foi projetado para manter a biodiversidade e servir como um centro de pesquisa.
A Itaipu Binacional plantou a semente da preservação ambiental há 40 anos, quando ainda não havia a consciência ecológica que vemos atualmente. Hoje, o Refúgio se consolidou como um espaço fundamental para a proteção do meio ambiente, atraindo pesquisadores de todo o mundo interessados na conservação de espécies raras ou em risco de extinção.
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Centro de pesquisa e educação
Atualmente, o Refúgio Biológico Bela Vista funciona como um centro de referência na conservação e reprodução de espécies ameaçadas. Onças, antas e harpias são apenas alguns dos animais que ganham uma nova chance graças ao trabalho realizado no local. Além disso, o RBV investe na coleta de material genético e na reprodução de animais em cativeiro.
O espaço também cumpre um papel importante na educação ambiental. Diversos cursos e eventos são realizados no local, envolvendo desde cientistas até a comunidade ao redor. Crianças, adolescentes e moradores da região têm a oportunidade de aprender sobre a importância da preservação ambiental e a coexistência entre homem e natureza.
Abrigo de animais e plantas autóctones
No Refúgio, os animais vivem em recintos integrados à natureza, e o público pode observá-los em ambientes projetados para atender às suas necessidades. Formaram o plantel de animais durante a construção do reservatório de Itaipu, em uma operação chamada Mymba Kuera (em tupi-guarani, “pega bicho”). Atualmente, o Refúgio também abriga um zoológico, o Criadouro de Animais Silvestres da Itaipu Binacional (Casib), além de um hospital veterinário moderno.
As plantas recebem o mesmo cuidado que os animais. O RBV produz mudas florestais de mais de 100 espécies utilizadas na recuperação de matas ciliares. O espaço também cultiva e processa diversas espécies de plantas medicinais em seu ervanário.
Refúgio biológico é modelo de sustentabilidade
Ao longo de suas quatro décadas de atuação, o Refúgio Biológico Bela Vista tem demonstrado que o equilíbrio entre o homem, a natureza e a tecnologia realmente é possível. Além disso, a Itaipu Binacional continua investindo nesse modelo de preservação, pois acredita que o desenvolvimento sustentável é o caminho mais viável para garantir o futuro do planeta.