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Cientistas revertem diabetes tipo 1 com transplante de células-tronco

Cientistas chineses reverteram a diabetes tipo 1 em uma paciente usando transplante de células-tronco. A paciente está sem insulina há um ano.
Diabetes

Cientistas deram um grande passo na medicina ao reverter a diabetes tipo 1 em uma paciente através de um transplante de células-tronco. O estudo, publicado na última quarta-feira (25) na revista científica Cell, destaca que a paciente, uma mulher de 25 anos, está há um ano sem a necessidade de suplementação de insulina. Este marco pode abrir caminhos para novos tratamentos da doença.

Pacientes com diabetes tipo 1 enfrentam uma condição autoimune, onde o próprio corpo ataca as ilhotas pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina. Como consequência, é preciso repor esse hormônio e monitorar os níveis de glicose no sangue.

Inovação na técnica do transplante

Para o procedimento, os cientistas extraíram células-tronco de três pacientes com diabetes tipo 1 e as reverteram para um estado pluripotente, em que podem se transformar em qualquer célula do corpo. Com uma técnica inovadora, os pesquisadores desenvolveram grupos 3D de ilhotas pancreáticas.

Em junho de 2023, durante a cirurgia, foram injetadas cerca de 1,5 milhão de ilhotas no abdômen da paciente. Diferentemente de procedimentos anteriores, que colocam as células no fígado, os pesquisadores optaram pelo abdômen para facilitar o monitoramento. Dois meses e meio após a intervenção, a paciente já produzia insulina suficiente para viver sem suplementação. Um ano depois, os níveis permanecem estáveis. “Agora, eu posso comer açúcar”, comemorou a paciente em entrevista à revista Nature.

Resultados promissores, mas ainda há precaução

Apesar dos avanços, a comunidade científica permanece cautelosa. Muitos especialistas afirmam que é cedo para declarar a cura. Para conclusões definitivas, será necessário observar os resultados por pelo menos cinco anos.

Além disso, a paciente estava tomando medicamentos imunossupressores devido a um transplante de fígado anterior. Esse fato pode ter contribuído para impedir que o corpo atacasse as novas ilhotas pancreáticas. O risco de destruição das células ainda existe, e os cientistas continuam trabalhando para criar células que escapem da resposta autoimune.

Próximos passos e expansão dos estudos

Os outros dois pacientes do estudo também apresentaram resultados positivos, mas ainda não completaram um ano desde o transplante. A previsão é que a marca de um ano seja atingida em novembro. Com esses dados, os pesquisadores planejam ampliar o estudo para incluir mais 10 a 20 pacientes, explorando ainda mais a eficácia do tratamento.

Este não é o único estudo que busca a cura da diabetes tipo 1 com células-tronco. Diversas pesquisas em andamento, algumas até utilizando dispositivos que protegem as células do ataque do corpo, deverão ter resultados publicados em breve.

Essa descoberta traz uma nova esperança para pacientes com diabetes tipo 1 e indica que a cura pode estar mais próxima. Embora ainda existam obstáculos, o progresso é importantíssimo e inspira otimismo em toda a comunidade médica.

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