Há anos cientistas procurava entender por que uma pequena parte da população não dispunha de um antígeno fundamental para proteção do ser humano em situações de urgência como a realização de uma transfusão de sangue. No entanto, o mistério pode ter chegado ao fim. No Reino Unido, pesquisadores descobriram um novo sistema de grupo sanguíneo: o MAL. O estudo, divulgado na revista científica Blood, publicação periódica da Sociedade Americana de Hematologia, pode ter colocado fim a um mistério que perdura por 52 anos.
Qual é o novo sistema de grupo sanguíneo descoberto?
Estima-se que antígeno AnWj se faz presente em mais de 99% da população mundial. Porém, quem não o possui corre riscos ao receber uma transfusão de daqueles que o tem. E é aí que a descoberta do MAL se faz importante. Pois ele permitirá o desenvolvimento de novas testagens de genótipos e assim identificar quem é AnWj-negativo. Portanto, evitará que o seleto grupo sanguíneo não receba transfusão do restante da população. Uma descoberta que pode evitar riscos e até morte é uma Boa Notícia.
Quando se descobriu o antígeno AnWj?
Se o MAL veio a público só em 2024, o AnWj tem mais de 50 anos. Em 1972, antígeno AnWj foi descoberto, mas sua origem não foi identificada. Antígenos funcionam como um tipo de proteína que se encontram nas hemácias, que, por sua vez, consistem em células sanguíneas que transportam oxigênio e gás carbônico.
Porém, a equipe de pesquisadores foi atrás de resolver o mistério acerca desse grupo sanguíneo que durou mais de meio século. O grupo britânico se deparou com o fato de que o transporte do antígeno AnWj acontece na proteína MAL. Porém, essa substância somente se encontra nas hemácias de quem é AnWj-positivo. Portanto, a partir dessa descoberta, pesquisadores destacam que será possível fazer testes para encontrar pessoas do grupo sanguíneo AnWj-negativo.