Bruna Mitrano é um dos principais nomes emergentes na cena poética contemporânea do Brasil. Poetisa carioca, ela vem se destacando não só pelo seu talento literário, mas também pela forma como suas obras ecoam nas redes sociais e conectam o público jovem a temas profundos e atuais. Sua poesia, marcada por um olhar sensível sobre as realidades vividas nas periferias, traz um novo fôlego à literatura brasileira.
A trajetória da poetisa Bruna Mitrano
Nascida e criada na periferia do Rio de Janeiro, Bruna carrega em sua poesia as marcas de uma vivência repleta de desafios. Em seus escritos, a autora traz à tona a violência, a brutalidade e as lutas cotidianas enfrentadas por quem vive à margem. Sua obra mais recente, intitulada “Ninguém Quis Ver”, aborda de forma direta questões coletivas e pessoais, fazendo com que o leitor se confronte com realidades muitas vezes ignoradas.
A poesia de Bruna é crua, mas ao mesmo tempo carregada de uma sensibilidade única. Ela escreve sobre o que muitos preferem não enxergar, mas com uma clareza que toca profundamente. Seu livro, que ganhou destaque nas principais editoras e foi elogiado pela crítica, reflete uma sociedade desigual, mas que encontra na arte uma forma de expressão e resistência.
A entrevista no programa “Trilha de Letras”
Em uma recente entrevista ao programa Trilha de Letras, transmitido pela TV Brasil, Bruna detalhou o impacto de suas vivências na construção de sua obra poética. Ela conversou com a apresentadora Eliana Alves Cruz sobre como a poesia brasileira tem se moldado em um cenário mais feminino, jovem e conectado com as redes sociais.
Durante a entrevista, a autora destacou a importância de dar voz a histórias que geralmente são invisibilizadas, revisitando a necessidade de refletir sobre as desigualdades e a violência presentes nas periferias urbanas. Bruna acredita que a poesia pode ser uma forma de denunciar essas questões, ao mesmo tempo em que permite a construção de um novo imaginário para os marginalizados.
A literatura como resistência
Bruna Mitrano é conhecida por utilizar a poesia como ferramenta de resistência. Em um contexto onde a violência é uma constante em muitas comunidades, sua obra transforma dor em arte, possibilitando que as experiências das periferias não sejam silenciadas. Seus versos são firmes e diretos, sem rebuscamentos, fazendo com que o leitor seja arrebatado pela verdade nua e crua apresentada em suas palavras.
Essa conexão com o público é intensificada pelas redes sociais, onde Bruna compartilha seus escritos e engaja com leitores de todas as partes do Brasil. Sua linguagem é ágil e contemporânea, o que a torna uma das vozes mais promissoras da nova geração de poetas.
“Ninguém Quis Ver”: um olhar sobre a invisibilidade
Lançado pela Companhia das Letras, “Ninguém Quis Ver” é a mais recente coletânea da poetisa Bruna Mitrano. A obra destaca-se por tocar em temas como neurodivergência, abuso, pobreza e a invisibilidade de grupos marginalizados. Em seus versos, Bruna desafia o leitor a olhar para aquilo que muitas vezes é ignorado, provocando reflexões sobre a vida nas periferias.
Através de uma linguagem simples, mas impactante, a poetisa consegue transformar essas questões em poesia, criando uma obra que não só denuncia, mas também acolhe. A poesia de Bruna não está descolada da realidade, pelo contrário, ela se nutre dela para criar arte.