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Aos 61 anos, Ni Xia Lian brilha nas Olimpíadas de Paris

Descubra como Ni Xia Lian fez história aos 61 anos nas Olimpíadas de Paris 2024.
Conheça a trajetória de Ni Xia Lian. (Foto: Vladimir Mirskiy/Wikimedia Commons)
Conheça a trajetória de Ni Xia Lian. (Foto: Vladimir Mirskiy/Wikimedia Commons)

Ni Xia Lian, a célebre jogadora de tênis de mesa de Luxemburgo, continua a surpreender o mundo do esporte. Competindo em sua sexta Olimpíada aos 61 anos, Ni estreou em Paris vencendo a jovem turca Sibel Altinkaya, de 32 anos, por 4 a 2 na primeira rodada da competição individual feminina. Com essa vitória, Ni tornou-se a jogadora de tênis de mesa mais velha a garantir uma vitória nos Jogos Olímpicos, recebendo aplausos calorosos do público na arena.

Ni Xia Lian: um legado de experiência e determinação

Além de Ni, poucos atletas com mais de 60 anos participam dos Jogos Olímpicos de Paris, sendo os outros competidores na categoria de equitação. Isso destaca Ni como a atleta mais velha em um esporte que exige reflexos rápidos e agilidade, demonstrando sua notável resistência e habilidade. Desde sua estreia internacional em 1979, Ni acumulou uma vasta experiência, vencendo seu primeiro campeonato mundial em 1983. Sua adversária na primeira rodada de Paris 2024 nasceu uma década depois, em 1993, sublinhando a longevidade da carreira de Ni.

Da China a Luxemburgo: uma jornada inspiradora

Nascida em Xangai em 4 de julho de 1963, Ni começou a jogar tênis de mesa aos 7 anos e foi selecionada para a equipe nacional chinesa na adolescência. Embora o tênis de mesa só tenha se tornado um esporte olímpico em 1988, Ni já era uma estrela consolidada. Mudou-se para a Alemanha e, posteriormente, para Luxemburgo, onde vive há 35 anos. Nesse período, conquistou inúmeras honrarias, incluindo duas vezes o título de Atleta do Ano de Luxemburgo, com mais de 20 anos de diferença entre as conquistas.

Retorno triunfal às competições

Ni desacelerou sua carreira após sua estreia olímpica por Luxemburgo em 2000, mas retornou às competições internacionais em 2008 a pedido da federação de Luxemburgo. Desde então, qualificou-se para todas as Olimpíadas de Verão, incluindo a edição atual em Paris. Seu marido e treinador, Tommy Danielsson, destaca que Ni sobreviveu a várias gerações de jogadores de tênis de mesa, adaptando seu jogo ao longo dos anos. Aos 54 anos, ela venceu a partida mais longa da história moderna do tênis de mesa, demonstrando sua resistência e habilidade.

Ao contrário de muitos atletas de elite, Ni não dedica todo o seu tempo ao esporte. Em 2019, ela explicou ao Canal Olímpico que a família é sua prioridade. Seus filhos e sua mãe de 88 anos vivem com ela e seu marido em Luxemburgo. Apesar de treinar menos que os jogadores mais jovens, Ni acredita que equilibrar suas responsabilidades familiares com o esporte é crucial para manter sua forma e desempenho.

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Uma fonte de inspiração global

Ni continua a inspirar atletas de todas as idades, incluindo suas companheiras de equipe em Paris. Sarah De Nutte, sua parceira de duplas há mais de uma década, elogia a capacidade de Ni de reinventar seu jogo e competir em alto nível. Ni utiliza a clássica pegada em forma de caneta, comum entre os jogadores chineses, e adapta seu estilo para maximizar seu desempenho. Seu perfil no Instagram atrai fãs de todo o mundo, muitos dos quais a chamam carinhosamente de “Tia Ni”.

Ontem (29), Ni enfrentou a número um do mundo, Sun Yingsha, em uma partida muito aguardada. Ni viu essa oportunidade como uma chance única de competir contra a melhor do mundo e pretende aproveitar cada ponto. Embora tenha mencionado ao The Wall Street Journal que duvida de sua participação nas próximas Olimpíadas, seu treinador e marido não descarta uma possível participação em Los Angeles 2028, quando Ni terá 65 anos.

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