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Porta-bandeira do Brasil nas Olimpíadas conta sobre superação do câncer e retorno ao rugby

Raquel Kochhann, após vencer o câncer, volta ao rugby e será porta-bandeira nas Olimpíadas de Paris, destacando superação e determinação.
Porta-bandeira do Brasil raquel

Na próxima sexta-feira (26), a catarinense Raquel Kochhann, capitã da seleção feminina brasileira de rugby, terá a honra de representar o Brasil como porta-bandeira na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris. Para Raquel, os últimos anos foram repletos de desafios e conquistas, culminando em sua emocionante volta aos gramados após superar um câncer de mama.

A descoberta e tratamento

Nascida em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, e criada em Pinhalzinho, Raquel descobriu um câncer de mama pouco tempo após participar das Olimpíadas de Tóquio, em 2021. O diagnóstico veio depois de ela ter sofrido uma lesão de ligamento no joelho, obrigando-a a se afastar dos gramados por quase dois anos.

“Durante o tratamento, que incluía sessões de quimioterapia a cada 21 dias, nunca deixei de me manter ativa. Mesmo com o cansaço e a fadiga, eu evitava chegar à exaustão para não comprometer minha imunidade”, conta Raquel. A atleta sempre buscou enxergar o lado positivo das situações, vendo no diagnóstico uma oportunidade de cuidar melhor de seu corpo e de sua saúde.

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Raquel enfatiza a importância da prevenção e dos exames regulares. “Descobri o câncer em estágio inicial, o que foi crucial para o tratamento. Se tivesse demorado mais, talvez fosse tarde demais”, explica. A disciplina e a paciência foram essenciais durante todo o processo de cura. “Assim como no esporte, no tratamento foquei em cada passo, sem me preocupar com o resultado imediato”, compartilha.

O momento mais esperado

O retorno aos campos de rugby foi um marco significativo para Raquel. “Foi a melhor sensação do mundo. Voltar a fazer o que amo, com mais velocidade, força e agilidade, foi incrível”, descreve. Ela menciona que mudanças na alimentação e hábitos foram fundamentais para seu aprimoramento como atleta.

Porta-bandeira e os desafios

Nesta sexta-feira, ao carregar a bandeira brasileira, Raquel vivenciará uma emoção única como porta-bandeira. “É uma honra indescritível representar o Brasil na abertura das Olimpíadas”, afirma. Quanto aos jogos, Raquel mantém uma perspectiva realista, reconhecendo o trabalho árduo necessário para o crescimento do rugby no país e a conquista de uma medalha.

(Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

“A expectativa é mostrar ao mundo e aos brasileiros a beleza do rugby, um esporte dinâmico e cheio de possibilidades. Focamos nas pequenas ações em campo, o resultado será uma consequência”, conclui.

A infância da atleta

Raquel Kochhann compartilha que desde criança sonhava em ser atleta. Ela lembra uma história contada por sua mãe: “Desde que comecei a falar, eu dizia que representaria o Brasil um dia”. Este sonho se tornou realidade, e mesmo após garantir a vaga no time para Paris 2024, ela ainda precisou competir intensamente para assegurar seu lugar na equipe.

Por fim, Raquel destaca que a dedicação e o esforço constantes são indispensáveis no esporte. “Conquistar minha vaga foi uma honra, não é garantido para ninguém e exige muito esforço e dedicação”, ressalta. A jornada de Raquel Kochhann é um exemplo inspirador de superação e dedicação.

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