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RioHarpFestival 2024 celebra harpas e homenageia a África

O 19º RioHarpFestival, em duas etapas, traz artistas de 22 países ao Rio de Janeiro, destacando a harpa e homenageando a África.
Rio de Janeiro - Festival de Harpas - RioHarpFest

O RioHarpFestival, um evento gratuito que já é tradição no Rio de Janeiro, chega à sua 19ª edição com uma novidade: este ano, o festival ocorrerá em duas etapas para atender à grande demanda de público e artistas. O evento, idealizado por Sergio da Costa e Silva, terá sua primeira fase de 1º a 31 de julho, enquanto a segunda acontecerá de 1º a 30 de setembro. Trinta artistas de 22 países estarão presentes, proporcionando uma experiência musical única.

Parte do projeto Música no Museu, que há 27 anos promove apresentações musicais gratuitas em diversos locais do Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil, o RioHarpFestival se destaca pela variedade de sua programação. Em 2022, o Música no Museu foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro pela Câmara Municipal.

Programação e Fusão Cultural

O festival apresenta uma rica programação que abrange desde a harpa tradicional até instrumentos como o koto japonês e diversas harpas africanas, árabes e indianas. As performances incluem fusões entre músicos internacionais e jovens talentos das comunidades cariocas, criando uma atmosfera de aprendizado e intercâmbio cultural. “Nossa intenção é proporcionar apresentações que sejam interessantes e envolventes para o público, combinando harpa com orquestra, piano e coral”, explicou Sergio da Costa e Silva.

Dentre as participações destacadas, estão a Camerata do Uerê, da comunidade da Maré, composta por jovens músicos de 7 a 18 anos, e a Orquestra de Gaita de Foles de São Gonçalo, um projeto de inclusão social que utiliza a música como ferramenta educativa.

Homenagem Especial à África

Uma das grandes atrações deste ano é a homenagem ao continente africano. Na abertura do festival, a harpista sul-africana Kobie de Plessis se apresentará na Igreja Nossa Senhora do Carmo (Antiga Sé), às 13h, acompanhada pela Camerata do Uerê. O encerramento da primeira etapa, no dia 31 de julho, no Palácio Tiradentes, contará com o coral Vozes da África, que interpretará músicas em zulu e temas de filmes africanos, acompanhados por percussão e piano. O músico Fabio Simões participará com harpas africanas kora e kamale n’goni, além de instrumentos de percussão tradicionais.

Expansão do Festival

O RioHarpFestival, que se destaca por ser o maior festival de harpas do mundo em termos de duração e número de concertos, terá também edições em São Paulo, Brasília e em cidades de sete países europeus (Portugal, Espanha, França, Bélgica, Croácia, Itália e Áustria) e no Caribe, entre julho e outubro deste ano.

A Harpa: Um Instrumento Histórico

A harpa é um dos instrumentos de corda dedilhada mais antigos, com raízes que remontam ao tanger da corda dos arcos dos antigos caçadores. Há registros de harpas no Oriente Médio e no Egito por volta de 3.000 a.C. Inicialmente pequenas e com poucas cordas, as harpas evoluíram ao longo dos séculos. No século 18, passaram a ser feitas de madeira com cordas de tripa, crina de cavalo, latão, bronze ou seda. A harpa moderna tem 47 cordas e sete pedais, sendo uma peça essencial em orquestras.

O RioHarpFestival 2024 promete ser uma celebração única da diversidade musical, destacando a importância da harpa em várias culturas ao redor do mundo. Com artistas internacionais e locais, o evento oferece uma oportunidade para apreciar a riqueza e a beleza deste instrumento. A programação completa pode ser acessada nos sites www.musicanomuseu.com.br e www.rioharpfestival.com.br.

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