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Viver até 100 anos: o que o sangue revela sobre longevidade

Descubra os biomarcadores que distinguem centenários, segundo estudo recente.
longevidade no sangue

Cientistas do Instituto Karolinska, Suécia, e do Centro Nacional Cerebral e Cardiovascular, Japão, conduziram uma pesquisa a partir de exames de sangue de 44 mil indivíduos com mais de 60 anos. Dentre eles, centenas atingiram 100 anos ou mais. Ao longo de mais de três décadas, o estudo buscou identificar padrões e correlações entre diversos biomarcadores e a longevidade.

Descobertas-chave sobre biomarcadores

Os resultados revelaram características em comum no sangue dos centenários, que podem estar relacionadas à maior longevidade. Um dos achados indicou que esses indivíduos possuem níveis mais baixos de glicose e uma função renal e hepática mais eficiente. Além disso, apresentaram níveis elevados de colesterol total e ferro. Essas descobertas sugerem uma possível relação desses marcadores com um estilo de vida que favorece a longevidade.

A investigação aprofundou-se em 12 biomarcadores específicos, tais como colesterol total, glicose, ácido úrico, creatinina, ferro e albumina. A análise demonstrou que uma porcentagem menor de pessoas com baixos níveis de colesterol total alcançou a marca dos 100 anos. Por outro lado, uma proporção maior entre aqueles com níveis mais altos atingiu essa longevidade.

 

Implicações do sangue para a longevidade

Os cientistas observaram uma estabilidade nos níveis de biomarcadores como ácido úrico e ferro entre os centenários. Esses dados sugerem que manter níveis consistentes desses indicadores pode ser essencial para alcançar uma idade avançada. Dessa forma, essa observação sublinha a importância do equilíbrio bioquímico no corpo como um fator determinante para a longevidade.

A professora Karin Modig, do Instituto Karolinska e uma das autoras do estudo, enfatizou a relevância dos resultados. Ela explicou que, embora a genética e o acaso sejam fatores importantes, os níveis de biomarcadores uma década antes da morte podem oferecer pistas sobre os mecanismos que estendem a vida. Publicado na revista GeroScience, o estudo é um ponto de partida para futuras pesquisas, que explorarão como intervenções direcionadas nos biomarcadores identificados podem melhorar a qualidade e aumentar a expectativa de vida dos idosos.

Estudos subsequentes buscarão confirmar essas correlações e desenvolver intervenções baseadas em biomarcadores para potencialmente prolongar a vida humana.

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