A Zona Oeste do Rio de Janeiro celebra a inauguração do Parque Realengo Susana Naspolini, uma iniciativa que combina lazer e gestão ambiental. O parque adota o conceito inovador de “parque esponja”, destinado a absorver e gerenciar as águas das chuvas, reduzindo o risco de enchentes na região.
Estratégias de sustentabilidade
Com um investimento de R$ 72 milhões, o espaço ocupa parte do terreno da antiga Fábrica de Cartuchos do Exército. Além do plantio de 3,7 mil árvores, o parque inclui um lago artificial. Esses elementos são essenciais para regular a chegada da água às redes pluviais.
Wanderson Santos, presidente da Fundação Rio Águas, detalha o projeto. “Planejamos o parque para melhorar o microclima e reduzir as temperaturas extremas que atingem essa área”, ele explica.
Benefícios ecológicos
Lucas Vicente Loyola, arquiteto formado pela UFRJ, estudou o local para seu projeto final. “Aumentar a vegetação reduz a temperatura ambiente, melhorando a vida dos moradores”, ele observa.
Andrew Lucena, coordenador do Liga na UFRRJ, também apoia a iniciativa. “Vamos monitorar o impacto ambiental do parque com a ajuda de dados de satélite”, ele acrescenta.
Características e atrações do parque
O parque se destaca por suas cinco torres, que variam entre 17 e 47 metros. Estas estruturas são equipadas com pulverizadores que refrescam os visitantes. “Inspiramo-nos no Gardens By The Bay, de Cingapura, para criar um espaço que oferece não só lazer, mas também alívio do calor”, explica Santos.
Todos os dias, entre 18h e 21h, o parque oferece shows de luzes e música. O espaço inclui quadras poliesportivas, campos de futebol, quadras de areia, pista de skate e uma academia para a terceira idade.
Impacto na comunidade local
O parque é estimado para atrair cerca de 5 mil visitantes nos fins de semana. A presença do parque já tem impactado positivamente o comércio local. Ana Gabriela Gonçalves, técnica de enfermagem, relata uma mudança em termos visuais e de segurança pública. “A segurança melhorou, e as pessoas agora param para admirar os grafites nas fachadas”, ela diz.
Em homenagem à jornalista Susana Naspolini, o parque serve como um modelo para futuros projetos de espaços públicos que integram lazer e sustentabilidade. A comunidade de Realengo está entusiasmada com as transformações e os benefícios a longo prazo que o parque promete trazer.