Amantes das artes plásticas e frequentadores de museus poderão ter a chance de conhecer as obras da 35ª Bienal de São Paulo, agora em exibição no Museu Nacional da República, com o título “Coreografias do Impossível”. Esta itinerância é parte do esforço da Fundação Bienal para ampliar o alcance do evento, já tendo passado por seis cidades.
A exposição em Brasília reúne obras de 13 artistas que foram considerados emblemáticos na mostra original em São Paulo, realizada entre setembro e dezembro de 2023. A 35ª Bienal destacou-se por ser uma das mais emblemáticas das últimas décadas, contando com a curadoria de Diana Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, sendo três deles negros.
Bienal de são paulo: curadoria e temática
Diana Lima, uma das curadoras, explica que o título “Coreografias do Impossível” reflete a complexidade da própria curadoria da Bienal. Segundo ela, a diversidade da equipe curatorial ajudou a explorar os limites da justiça social e abrir caminhos para uma Bienal que fosse tanto poética quanto política.
Para a mostra em Brasília, os curadores selecionaram artistas que reencenam conceitos de coletividade, como MAHKU e Zumví Arquivo Afro Fotográfico, além de outros que trabalham a relação com o tempo e a natureza, como Denilson Baniwa e Deborah Anzinger. A obra “Kaá” de Baniwa, por exemplo, traz ideias de compartilhamento e memória por meio do cultivo, servindo como crítica ao desenvolvimento moderno.
Leia também:
A exposição em Brasília
A 35ª Bienal de São Paulo reuniu 1.100 obras de 121 artistas. Entre os temas, está a tensão entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, e o real e o imaginário. A versão em Brasília mantém esta temática central, com um conjunto expressivo de obras que desafiam os limites institucionais e curatoriais.
Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal, destaca que levar a exposição para Brasília faz parte de uma estratégia de ampliação do público. Esta é a sétima edição do programa de itinerâncias da Bienal, que começou em 2011. Em 2019, Brasília também recebeu a itinerância da 33ª Bienal. A parceria com o Museu Nacional da República visa facilitar a troca de experiências entre públicos e instituições, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e plural.
Programação e ações educativas
A abertura da exposição ocorre hoje (13) às 19h, com visitação disponível de terça a domingo, das 9h às 18h30, até 25 de agosto. Além da exposição, estão previstas atividades de formação para mediadores e educadores, além do lançamento da publicação educativa da Bienal.
Durante a itinerância, a Fundação Bienal de São Paulo realizará ações de difusão com visitas mediadas e temáticas no Museu Nacional da República. Estas atividades visam criar um ambiente de aprendizado colaborativo e dinâmico, proporcionando experiências enriquecedoras para professores, educadores e interessados em arte.
O Secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, está entusiasmado com a exposição. Ele destaca que receber a 35ª Bienal no Museu Nacional da República representa um marco importante para a cultura do Distrito Federal. Além disso, o secretário pontua que a Bienal é a maior exposição de artes visuais do hemisfério sul. De acordo com ele, trazer este evento para Brasília solidifica a cidade como um polo de arte contemporânea no Brasil.