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Descoberta pode dobrar sobrevida em casos de câncer de pulmão

Pesquisa mostra eficácia de novo tratamento que prolonga vida de pacientes com câncer de pulmão.
Descoberta pode dobrar sobrevida em casos de câncer de pulmão

Um novo marco no tratamento do câncer de pulmão se destacou recentemente. Apresentado na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), em Chicago, o medicamento diário lorlatinib, desenvolvido pela Pfizer, provou ser eficaz. Ele impede a progressão da doença em cerca de 60% dos pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células ALK+, uma forma muito agressiva da doença.

Detalhes do estudo

O estudo, realizado pelo Peter MacCallum Cancer Center, em Melbourne, contou com a participação de 296 pacientes. Desses, cerca de 25% já tinham metástase cerebral no início da pesquisa. Os pesquisadores encontraram resultados notáveis, indicando que o lorlatinib bloqueia a proteína ALK, que promove o crescimento tumoral. Este bloqueio aumenta a sobrevida sem progressão da doença.

Benjamin Solomon, autor principal do estudo, relata que, após cinco anos, 60% dos pacientes tratados com lorlatinib mantiveram-se vivos sem piora da doença, em comparação a apenas 8% dos que receberam crizotinib, o tratamento padrão. Solomon explicou que isso representa uma redução de 81% no risco de progressão ou morte, um resultado sem precedentes no tratamento deste tipo de câncer.

Monitoramento e eficácia

Exames cerebrais regulares, realizados a cada oito semanas, confirmaram a eficácia do lorlatinib em prevenir a disseminação do câncer para o cérebro e controlar o crescimento de tumores cerebrais já existentes.

Ainda é cedo para determinar completamente o impacto do lorlatinib na sobrevida dos pacientes, pois a maioria não apresentou progressão da doença até agora. No entanto, os resultados são promissores e podem indicar um prolongamento da vida dos pacientes.

Comparativo de tratamentos

Tanto o lorlatinib quanto o crizotinib são inibidores da tirosina quinase ALK (TKIs), mas o lorlatinib mostrou-se muito mais eficaz a longo prazo.

De acordo com Julie Gralow, diretora médica da ASCO, alcançar 60% de sobrevida livre de progressão em cinco anos é um feito inédito para o câncer de pulmão de células não pequenas e reflete o potencial transformador do Lorlatinib na luta contra esta doença.

 

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