Este fim de semana marca o lançamento de vários espaços culturais no Centro do Rio de Janeiro, como parte do projeto “Reviver Centro Cultural”, uma colaboração entre a prefeitura e a iniciativa privada. O projeto visa revitalizar a região do Centro e da Zona Portuária, que sofreu com o abandono nos últimos anos.
Início do projeto
O projeto começou com um levantamento dos imóveis na região central, identificando potenciais espaços para o programa. Após a seleção e habilitação dos projetos, 26 iniciativas já estão recebendo recursos financeiros para reforma e operação.
A prefeitura alocou recursos de até R$ 1.000 por metro quadrado para obras de reforma, limitados a R$ 192 mil, além de até R$ 75 por metro quadrado para custear despesas operacionais mensais como energia elétrica, água e aluguel, com um teto de R$ 14,4 mil. O objetivo é expandir o benefício para 39 projetos culturais.
“Vamos revitalizar o centro histórico”: veja a programação
As atividades começaram na sexta-feira (26) com a abertura do Ginga Tropical, seguida pelo Queerioca no sábado (27), ambos com eventos abertos ao público. No domingo (28), a Casa Carnaval realizará uma festa fora de época, marcando o pré-lançamento do espaço. Outros projetos como o Museu da Caricatura Brasileira e o Arrecife Rio também serão inaugurados, enriquecendo ainda mais a oferta cultural da região.
Fabiana Amorim, uma das fundadoras da Casa Carioca, juntamente com Bruno Tenório, revela que o edifício já serviu como uma fábrica de tecidos e mais tarde como um clube, antes de ficar desocupado por uma década. “Este projeto de um espaço cultural inclusivo representa um sonho antigo e será o nosso legado para a cidade”, explica Fabiana. Além disso, a gestão artística do local ficará a cargo de Tarcísio Zanon, renomado carnavalesco da Viradouro.
Contribuições artísticas e culturais
A Casa TUCUM, Cará, e o Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come – IBORU já estão em funcionamento, oferecendo uma variedade de eventos culturais que incluem apresentações artísticas, rodas de conversa, e música ao vivo.
Laura Castro e Cristina Flores, responsáveis pelo Queerioca, destacaram sua paixão pelo projeto e a importância do espaço para a visibilidade e expressão da comunidade LGBTQIAPN+ carioca.
Impacto econômico e cultural
Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, expressou a expectativa de que os novos espaços atraiam mais visitantes para a região, reaquecendo o comércio local e revitalizando o centro histórico.
“Há pouco mais de um ano, começávamos mais esse projeto para ajudar a impulsionar a revitalização do Centro do Rio. Em pouco tempo, já vemos todo um movimento de reocupação desse bairro histórico e icônico para a cidade. Agora, vamos acompanhar as próximas inaugurações e os outros projetos que vão entrar. Serão, ao todo, pelo menos 39 espaços no Reviver Cultural, com muita história e diversidade de temas”, afirma Chicão.