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Exoesqueleto para evitar fadiga muscular é desenvolvido no Brasil

Pesquisa da Ufes cria exoesqueleto para auxiliar em atividades pesadas.
Exoesqueleto para evitar fadiga muscular é desenvolvido no Brasil
(Foto: Divulgação/Labtel Ufes).

Com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desenvolveram um exoesqueleto destinado a melhorar a mobilidade e reduzir riscos de lesões em atividades com movimentos repetitivos. O projeto é liderado pelo doutorando Luis Jordy Arciniegas, sob a coordenação do professor Camilo Rodríguez e com assistência técnica do aluno Patrick Silva, de Engenharia Mecânica.

A iniciativa, que envolve colaborações internacionais, recebe suporte técnico e financeiro da Fapes através do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), gerido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti). Este centro fornece infraestrutura e recursos para a realização de pesquisas inovadoras.

O professor Rodríguez informou que o desenvolvimento do exoesqueleto facilitará o suporte em atividades industriais que demandam levantamento e transporte de objetos pesados. Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) evidenciou que, globalmente, há mais de 60 mil casos de lesões devido a esforços repetitivos.

O dispositivo é usado como uma armadura que proporciona suporte e força, principalmente nos braços, por meio de um sistema de motores, polias e cabos de aço. “Baseia-se em robótica branda, com motores estrategicamente posicionados, não diretamente nas articulações, para prevenir lesões musculoesqueléticas relacionadas a sobrecarga”, explicou Rodríguez.

Atualmente, o equipamento foca nas articulações do cotovelo e há planos para incluir suporte à coluna vertebral e ombros, visando também auxiliar na reabilitação de pacientes, como os recuperando de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A importância do financiamento da Fapes foi destacada pelo professor, enfatizando que foi essencial para a aquisição de equipamentos como impressoras 3D usadas na fabricação das peças do exoesqueleto. “Com os recursos para a compra de material que a Fapes disponibiliza, temos condições de realizar este projeto”, acrescentou.

O CPID, parte de uma estratégia do Governo do Estado para fortalecer a pesquisa e inovação no Espírito Santo, é uma colaboração que inclui, além da Fapes, o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) e a própria Ufes. Conta com mais de R$ 27 milhões investidos e sete laboratórios especializados.

Em resumo, a pesquisa da Ufes, com o suporte da Fapes e do CPID, representa um avanço na interação entre tecnologia e saúde ocupacional, oferecendo uma solução prática para problemas comuns em ambientes industriais.

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