No Dia dos Povos Indígenas, celebrado na última sexta-feira (19), o DJ brasileiro Alok apresentou ao mundo seu novo álbum “O Futuro é Ancestral”. Este projeto reúne músicas eletrônicas com influências culturais de oito etnias indígenas.
Quem é Alok?
Alok Achkar Peres Petrillo, nascido em Goiânia em 1991 e conhecido profissionalmente apenas como Alok, é um dos DJs e produtores musicais mais reconhecidos do Brasil e do mundo. Filho de DJs pioneiros no psytrance no Brasil, Alok começou sua carreira ainda adolescente, seguindo os passos dos pais. Rapidamente, ganhou notoriedade por suas habilidades como DJ e suas produções que mesclam diversos gêneros musicais. Além disso, Alok é também conhecido por seu trabalho filantrópico e seu engajamento em causas sociais.
Músicas indígenas e colaboração cultural
Este álbum não só integra elementos modernos e ancestrais mas também conta com a participação ativa de mais de 50 artistas indígenas, trazendo autenticidade e vigor às nove faixas do disco. A música “Manifesto O Futuro É Ancestral”, com participação da Deputada Federal Célia Xakriabá, é um dos destaques, encapsulando o espírito de resistência e herança cultural.
Reconhecimento e apoio
Reconhecido não só por suas habilidades como DJ mas também por seu ativismo, Alok teve seu trabalho destacado com um prêmio no Festival de Cannes por promover a cultura indígena. A UNESCO também reconheceu “O Futuro é Ancestral” como uma contribuição importante para a Década Internacional das Línguas Indígenas.
Um projeto de imersão cultural
Alok passou 500 horas em estúdio para desenvolver este álbum, que inclui também uma série documental sobre as raízes sonoras dos povos originários e um álbum com canções tradicionais de cada etnia participante. Essa imersão cultural começou com a produção do minidocumentário “Yawanawá – A força” em 2016, que documenta sua visita à Aldeia Mutum.
Um movimento cultural
Alok ressalta que “O Futuro É Ancestral” é mais do que um projeto de músicas indígenas; é um movimento para reimaginar o papel dos povos indígenas na sociedade contemporânea. Ele afirma que as músicas do álbum, apesar de serem em línguas nativas, transcendem as barreiras linguísticas e são sentidas no coração.
“Vocês verão que não é preciso entender os idiomas indígenas para sentir o que eles têm a dizer. ‘O Futuro É Ancestral’ não é somente um projeto musical, ele é um movimento para reflorestar o imaginário da nossa sociedade e sua percepção em relação aos povos indígenas e a importância de sua presença em múltiplos territórios”, conta o DJ.
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