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ESG: ONU incentiva direitos humanos na indústria da moda

O Pacto Global da ONU lança grupo para promover direitos humanos e ética nas empresas de moda e têxtil.
Grupo de trabalho discute direitos humanos na indústria da moda. (Foto: Remy Gieling/Unsplash)

O Pacto Global da ONU no Brasil estabeleceu uma nova iniciativa para assegurar práticas éticas nas indústrias de moda e têxtil. Lançado durante o Fórum Ambição 2030, o grupo de trabalho em Direitos Humanos para o setor de Moda Têxtil visa colaborar com empresas para promover o respeito e a ética em suas operações. Este esforço é uma resposta aos desafios encontrados no setor, incluindo condições de trabalho injustas e salários inadequados, especialmente em regiões vulneráveis.

Desafios enfrentados pelo setor

A indústria da moda, importante para a economia e para milhões de mulheres e jovens, enfrenta problemas sérios relacionados à informalidade, fiscalização deficiente e baixos salários. O Observatório Têxtil do Centro de Estudos Têxteis Aplicados revelou que as confecções nas regiões Norte e Nordeste possuem custos de mão de obra até 40% menores que em outras áreas, o que reflete a discrepância salarial e as condições precárias de trabalho.

Direitos humanos na indústria da moda: estratégias e objetivos

Camila Valverde, diretora de operações do Pacto Global no Brasil, explicou que o grupo de trabalho pretende agir sobre dois pilares fundamentais: direitos humanos e trabalho. A iniciativa se concentra em mapear oportunidades e desafios, além de fomentar a criação de relatórios analíticos para incentivar práticas responsáveis entre as empresas. Este esforço não apenas visa a melhoria nas condições de trabalho, mas também promove o desenvolvimento sustentável e a equidade de gênero.

Impacto esperado e atuação futura

O grupo de trabalho, que terá duração de 18 meses, busca capacitar lideranças empresariais e sensibilizá-las quanto à sua atuação no setor. Com muitas das maiores empresas de vestuário do Brasil engajadas no Pacto Global, a expectativa é que a iniciativa vá além do mercado têxtil, beneficiando toda a sociedade. A ação complementa outros esforços do Pacto Global em diferentes setores, como o elétrico, energético, negócios oceânicos e mercado financeiro, integrando a Aliança pelos Direitos Humanos e Empresas, uma colaboração com a Organização Internacional do Trabalho.

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