As pessoas comemoram a Páscoa todos os anos no primeiro domingo após a lua cheia que ocorre depois do equinócio de primavera no Hemisfério Norte. As origens remontam a tradições antigas que existiam muito antes do surgimento do Cristianismo e do Judaísmo.
Historicamente, os povos antigos consideravam os solstícios e equinócios como momentos sagrados, conforme apontam estudos da Universidade de Sydney, na Austrália. Carole Cusack, professora da instituição, destaca que, nos primeiros séculos após Jesus, os dias festivos na nova igreja cristã estavam ligados a festivais pagãos.
Antes mesmo do Cristianismo, os pagãos realizavam cultos à deusa da primavera, Eostre ou Ostara, associando a festividade ao equinócio vernal. Tal prática influenciou costumes como a tradição de colorir ovos, simbolizando fertilidade e renovação.
Globalmente, a Páscoa é celebrada de maneiras diversas. Em países de maioria cristã, como muitos na América Latina, Europa e Estados Unidos, a Sexta-Feira Santa e o domingo de Páscoa são feriados, com tradições que variam de região para região.
Ocidente e Oriente
Na América Latina, ocorrem práticas como a “malhação” de Judas, representado por um boneco, e queima de figuras no México. Na Espanha e na Itália, há procissões e queima de fogos. Nos EUA, destaca-se a caça aos ovos.
Na Europa, os ovos decorados são presentes comuns na Alemanha, enquanto na Grécia, há a tradição de acender velas à meia-noite de sábado. Já na Ucrânia, pinta-se ovos, e na Bulgária, quebra-se ovos para garantir sorte. Na Finlândia, o feriado é como uma versão do Halloween, e na Índia, o Festival Holi celebra a primavera.
Porém, em regiões com menor presença do Cristianismo, como Ásia, as celebrações são mais simples, com idas à igreja na Coreia do Sul e procissões nas Filipinas. Contudo, independentemente das tradições específicas, a Páscoa continua a ser um momento de reflexão, renovação e, para muitos, celebração da vida e da esperança.