A pandemia de Covid-19 acelerou uma transformação já em curso no ambiente de trabalho, com muitos descobrindo as vantagens de trabalhar remotamente. Um estudo da University of South Australia, iniciado antes da pandemia, confirma que o trabalho remoto não apenas é viável, mas também traz benefícios significativos para a saúde física e mental dos trabalhadores.
Início precoce da pesquisa
Curiosamente, este estudo começou antes do surgimento da pandemia, permitindo uma análise abrangente dos efeitos do trabalho remoto ao longo do tempo. Essa antecipação ofereceu uma oportunidade de observar as mudanças de hábitos e bem-estar dos participantes antes e durante a crise sanitária global.
Benefícios observados
Os resultados revelaram que os trabalhadores remotos dormiam mais, tinham hábitos alimentares mais saudáveis e utilizavam o tempo economizado no deslocamento para o lazer e cuidados pessoais. Contrariando a noção de que o home office poderia ser menos produtivo, o estudo sugere que a flexibilidade de trabalhar de casa pode, de fato, aumentar a produtividade e a satisfação no trabalho.
Impacto na saúde mental e física
Antes da pandemia, os australianos gastavam em média 4,5 horas por semana em deslocamento. O estudo associou esse tempo de deslocamento a uma pior saúde mental. Por outro lado, a possibilidade de trabalhar de casa mostrou-se benéfica tanto para a saúde física quanto mental, principalmente quando os trabalhadores tinham a liberdade de escolher essa modalidade.
Desafios e oportunidades
Apesar das vantagens, o estudo também reconhece os desafios do home office, como a potencial redução da coesão e colaboração em equipe e das oportunidades de promoção. No entanto, indica que o trabalho remoto, quando opcional, tende a ter um impacto positivo no bem-estar geral.
Reações da comunidade empresarial
Enquanto a pesquisa celebra os benefícios do trabalho remoto, grandes empresas como a Amazon expressaram opiniões contrárias, enfatizando a importância da presença física para a inovação e a cultura empresarial. Ainda assim, o estudo sugere que a flexibilidade do home office pode apoiar um ambiente de trabalho mais inclusivo e produtivo.