No Brasil, a participação das mulheres negras no setor de consumo demonstra a influência que elas têm na economia nacional. Representando 28% da população feminina, essas consumidoras optam por produtos e serviços que ressoam com sua identidade cultural e experiência, configurando um nicho de mercado conhecido como afroconsumo.
Poder econômico e escolhas de consumo
A população negra no Brasil, com um poder econômico estimado em R$ 1,46 trilhão, segundo estudo da PretaHub, Instituto MAS Pesquisa e Oralab, encomendado pela Globo, exerce impacto no mercado. Especificamente, 97% da população negra tende a ser mais leais a marcas que valorizam a cultura afro-brasileira, um indicador do potencial de mercado para empresas que alinham seus produtos e valores com as expectativas deste segmento.
A preferência das consumidoras negras
As mulheres negras, em particular, demonstram uma consciência elevada ao escolherem marcas, com 90% delas considerando os valores e causas apoiadas pelas empresas. Este discernimento destaca a importância de produtos e serviços que refletem a diversidade e riqueza da cultura afro-brasileira, desde as texturas de cabelo até os tons de pele e a ancestralidade.
O impacto do afroempreendedorismo
Eventos como o Festival Feira Preta, o maior de cultura negra da América Latina, exemplificam a vitalidade do afroempreendedorismo. Estatísticas do festival mostram que 98% dos participantes valorizam produtos com temática negra, e 87% preferem comprar de afroempreendedores, evidenciando a demanda por um mercado que autenticamente representa suas identidades e experiências.
Destaque no mercado de beleza
O setor de beleza brasileiro, classificado como o quarto maior do mundo pela Euromonitor, ilustra a importância da diversidade e biodiversidade do país. A participação das mulheres negras, tanto como consumidoras quanto como inspiração para marcas internacionais como a SEDA, reforça a necessidade de produtos que atendam a uma ampla gama de necessidades estéticas e culturais.
A influência de Beyoncé
A influência cultural e econômica de figuras como Beyoncé, que recentemente lançou a linha de produtos para cabelo Cécred com foco nas mulheres negras, sublinha o potencial do mercado afrocentrado. A estrela, que tem um longo histórico de envolvimento com o Brasil, exemplifica como o reconhecimento e a valorização da cultura afro podem se traduzir em sucesso de mercado.