De smartphones a computadores, passando por tablets e dispositivos inteligentes, o mundo definitivamente está mais conectado do que nunca. No entanto, esse protagonismo (e dependência) vem com um custo significativo para o meio ambiente: o aumento do lixo eletrônico e seus desdobramentos. Em meio a essa preocupação crescente, a necessidade de adotarmos práticas sustentáveis quando se trata da gestão de dispositivos móveis está cada vez mais no radar das empresas.
O descarte de lixo eletrônico chegará a 74 milhões de toneladas em 2030 – quase o dobro dos índices atuais, conforme dados do Monitor Global de Lixo Eletrônico 2020, da ONU. Fato é que uma parte crucial que permeia esse cenário está relacionada à vida útil dos aparelhos, sobretudo dos smartphones. Afinal, hoje em dia é comum que as pessoas troquem de celular a cada dois ou três anos em média, muitas vezes motivadas por atualizações de modelo ou pela obsolescência programada.
No entanto, dar um novo fôlego aos aparelhos é fundamental não apenas para reduzir a quantidade de e-lixo, como também favorecer as questões ESG. Um estudo da GSMA, entidade que representa os interesses de mais de 750 operadores e fabricantes de telefonia móvel do mundo, aponta que, ao esticar a vida útil média dos celulares em um ano, levaria a uma redução de 21,4 milhões de toneladas de gás carbônico, equivalente a tirar 4,7 milhões de carros das ruas.
Não à toa, a sustentabilidade da telecomunicação foi destaque durante o Mobile World Congress (MWC) de 2023, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, que acontece em Barcelona, na Espanha. Um dos tópicos discutidos foi justamente a criação de uma economia circular para os dispositivos – o que já acontece no serviço de assinatura de celular. Agora o movimento sustentável deve chegar com mais força ainda ao setor de produção e logística dos smartphones, áreas que geram a maior parte dos impactos negativos ambientais e sociais. A Apple, por exemplo, já divulgou que cerca de 20% dos conteúdos em seus dispositivos são reciclados, comprometeu-se a usar 100% de energia renovável na sua cadeia de suprimentos até 2030 e a criar um telefone livre de carbono até lá.
Outro fato interessante é que, com a consolidação do Phone as a Service, a sustentabilidade ganha ainda mais destaque com a assinatura de aparelhos “como novos”, que nada mais são do que dispositivos que passaram por um processo de renovação em que as condições estéticas são equivalentes aos padrões de fábrica. Por isso, consagram-se alternativas atraentes para consumidores que querem ter um smartphone com alto desempenho, gerando menos impactos ao meio ambiente e a um custo acessível, principalmente quando comparado à compra de um celular novo.
Ainda ao final do contrato, os assinantes podem receber desconto para continuar com o mesmo aparelho, fazer upgrade para qualquer outro modelo disponível no catálogo ou cancelar a assinatura e devolver o smartphone, que pode voltar novamente ao mercado. Sem contar as vantagens de serviços agregados em cena, como seguro completo contra danos físicos, furto e roubo, já incluídos no valor da mensalidade.
Tudo isso não só reduz o desperdício de dispositivos eletrônicos e os efeitos negativos ambientais, como também permite que mais pessoas tenham acesso à tecnologia de ponta de maneira econômica. Portanto, aderir à assinatura de celular se trata mais do que nunca de optar por um caminho mais responsável, rumo ao consumo consciente e ecologicamente correto.
*Opinião – Artigo Por Letícia Bufarah é gerente de marketing da Leapfone, startup pioneira no conceito de Phone as a Service e na oferta de smartphones como novos por assinatura.
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