Conceição Evaristo, escritora e poetisa aclamada, entrou para a história como a primeira mulher negra a ser empossada na Academia Mineira de Letras. Aos 77 anos, ela assume a cadeira 40, anteriormente ocupada pela romancista Maria José de Queiroz.
Trajetória de Evaristo até a academia
Sua jornada literária começou na década de 90 com a publicação na série Cadernos Negros, e desde então, Evaristo publicou obras influentes como “Ponciá Vicêncio” e “Olhos D’água”, entre outros, acumulando prêmios e reconhecimento, incluindo o prestigiado Prêmio Jabuti.
Uma noite de homenagem à Conceição Evaristo
A cerimônia de posse, realizada em Belo Horizonte, homenageou a força e a resiliência. Evaristo foi aclamada ao entrar no auditório, recebendo o distintivo das mãos do amigo e ambientalista Ailton Krenak.
O significado do ingresso de Evaristo
“Alguma coisa há pra se arrumar na sociedade brasileira, para não ser mais uma exceção uma mulher negra chegar na Academia Mineira de Letras, ou em outros espaços de poder”, refletiu Evaristo sobre sua admissão, ressaltando a importância de seu ingresso para representar outras mulheres impedidas de alcançar tais espaços.
Evaristo: uma voz para a mudança
Além de ser um símbolo de mudança e inspiração, a trajetória de Conceição Evaristo destaca a necessidade de inclusão e representatividade na literatura e nos espaços de poder. Sua obra e agora sua presença na Academia Mineira de Letras são testemunhos da sua luta por justiça social e reconhecimento das vozes negras e femininas na cultura brasileira.
Prêmios e reconhecimentos
Conceição Evaristo é laureada com inúmeros prêmios, como o Prêmio Jabuti, Prêmio Cláudia, e recentemente, o Prêmio Juca Pato como Intelectual do Ano, além de ser homenageada no Festival Internacional das Artes de Língua Portuguesa. Esses reconhecimentos reafirmam seu papel no panorama literário brasileiro e internacional.