O Bioglitter, criado pela Ronald Britton, surge como uma solução para o problema ambiental causado pelo glitter tradicional. Este tipo de glitter eco-friendly, isto é, sustentável, é feito de celulose regenerada proveniente de madeira de fontes sustentáveis, certificadas pela FSC ou PEFC. A invenção não apenas responde às preocupações ambientais, mas também alinha-se com a proibição recente da União Europeia sobre a venda de glitter plástico solto.
Da ideia à execução
A ideia do Bioglitter nasceu há cerca de 12 anos, motivada pela necessidade de encontrar uma alternativa ao glitter plástico que pudesse se degradar em ambientes de água doce. A Ronald Britton embarcou na missão de desenvolver um produto que, embora menos ambicioso do que uma solução marinha, oferecesse uma opção melhor do que produtos que só se decompõem em condições industriais. A busca pela base ideal levou à escolha da celulose regenerada, que depois é transformada em um filme transparente, revestido com alumínio e cor.
Glitter eco-friendly: certificação e impacto ambiental
Após intensa pesquisa e desenvolvimento, o Bioglitter passou pelo rigoroso processo de certificação de água doce da TUV Austria, que levou 10 meses e custou mais de US$ 50.000. No entanto, estudos indicam que tanto o glitter biodegradável quanto o convencional podem ter efeitos adversos na vida vegetal de habitats de água doce, levantando questões sobre o potencial de greenwashing.
Expansão do mercado e reconhecimento
Apesar das críticas, a demanda por Bioglitter cresceu, atraindo primeiramente a indústria de cosméticos e, posteriormente, eventos festivos, a indústria de artesanato e até mesmo a moda. Recentemente, a marca de moda Guess lançou uma linha de roupas estampadas com Bioglitter, demonstrando o potencial de mercado do produto.
O futuro do Bioglitter
Com a aquisição do Bioglitter pela empresa alemã Sigmund Lindner, o compromisso em “resolver o problema do glitter” ganha novo impulso. O glitter eco-friendly, disponível em diferentes acabamentos, como Biosparkle e BioHolo, continua evoluindo, prometendo um futuro em que festas e moda possam brilhar de forma sustentável.